Profissionais de enfermagem do Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, ameaçam cruzar os braços a partir do dia 30 de março. De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros de Mato Grosso, a falta de estrutura para realização de procedimentos e o desrespeito às leis trabalhistas estão entre os problemas enfrentados pelos trabalhadores. O hospital tem aproximadamente 130 profissionais da enfermagem.
Presidente do sindicato, Dejamir Soares denuncia que há cerca de cinco meses a unidade está sem telefone e internet e há sete meses os enfermeiros e técnicos em enfermagem não têm o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) depositado.
Além disso, conta que não há nem mesmo óleo diesel para garantir o funcionamento do gerador, se necessário.
O Hospital, quando inaugurado, foi entregue a Organização Social Instituto Pernambucano de Assistência Social (Ipas), que gerenciou a unidade por dois anos, quando houve intervenção do Estado que deveria ter durado apenas 180 dias, mas já chega a mais de três anos. “Desde então os funcionários não podem pedir demissão ou mesmo serem demitidos, pois o Estado ainda utiliza o CNPJ do Ipas. Com isso o passivo trabalhista só aumenta”.
Conforme Dejamir, a situação na unidade é complicada, já que os funcionários trabalham de forma precária, sem previsão de contratação de novos trabalhadores e ainda recebem os salários sempre com atraso. O sindicato vai tentar uma reunião com o novo secretário de saúde Luiz Soares, para expor a situação dos profissionais e tentar negociar.
OUTRO LADO
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) foi procurada mas até o fechamento dessa edição não se posicionou.
Fonte: Folhamax 24/03/17
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