O senador Wellington Fagundes (PR) declarou ser contrário à proposta para que os R$ 82 milhões oriundos de emendas parlamentares da bancada de Mato Grosso sejam destinados a hospitais regionais, conforme solicitou o governador Pedro Taques (PSDB). Para Fagundes, a verba deve ser destinada para equipar o novo hospital e pronto-socorro da Capital, conforme havia sido acordado pelos parlamentares no ano passado.
Em dezembro passado, a bancada federal de Mato Grosso, que é composta por oito deputados federais e três senadores, anunciou que destinaria R$ 82 milhões para adquirir equipamentos para o novo hospital e pronto-socorro de Cuiabá, que ainda está em fase de obras e tem previsão para ser concluído em abril do próximo ano. No entanto, durante reunião com a bancada federal, na última sexta-feira (16), em Brasília, o governador solicitou que o recurso fosse encaminhado para os Hospitais Regionais do Estado, que sofrem com constante falta de verba para permanecer em funcionamento.
De acordo com Wellington Fagundes, os parlamentares que compõem a bancada federal devem honrar o compromisso que assumiram no ano passado. “Nós, da bancada de Mato Grosso, fizemos, no ano passado, uma emenda de R$ 156 milhões. No acordo entre nós, R$ 82 milhões seriam para equipar o novo hospital e pronto-socorro. Esse recurso, orçamentariamente é prioridade. Concluir o novo hospital e PS de Cuiabá é uma necessidade de todo o Estado e equipar também, porque não adianta só construir e a obra não puder funcionar, porque não tem equipamento. Houve um convênio entre o governo e a prefeitura de Cuiabá. Esse acordo foi feito na administração passada. Eu tenho certeza de que tanto o Governo do Estado como também o prefeito Emanuel Pinheiro sabem da importância que representa a construção do hospital e pronto-socorro de Cuiabá. Essa obra vai atender não só a Capital, como toda a baixada cuiabana e o Estado. Vai atender toda a demanda que hoje os hospitais de Cuiabá não conseguem”, completo”, declarou, na manhã desta terça-feira (20), em entrevista à rádio Capital FM.
Apesar do governador garantir que até o ano que vem conseguiria devolver os R$ 82 milhões para equipar a nova unidade hospitalar da Capital, o senador afirmou que não haveria tempo para que o pronto-socorro entrasse em funcionamento ainda no próximo ano. “O governo do Estado tem que repassar direitinho os recursos para a Prefeitura, não atrasar, já está na hora também de o Executivo fazer o plano de trabalho, a aplicação e a licitação dos equipamentos a serem utilizados. Porque quando o hospital estiver pronto, se for deixar para fazer a licitação no ano que vem, com certeza vamos demorar mais um ano para a conclusão e o funcionamento do hospital. Por isso, entendemos que deve começar a fazer a licitação de todo o equipamento para o novo pronto-socorro de Cuiabá. Então, uma coisa não exime a outra. A emenda já foi feita especificamente para a compra de equipamentos. Até comprar, licitar e instalar esses equipamentos, pode demorar mais um ano. Então, por isso entendemos que a prioridade de concluir e colocar em funcionamento o pronto-socorro de Cuiabá é fundamental para todo o Estado”, comentou.
Apesar de alguns parlamentares apoiarem o pedido de Taques para redirecionar os R$ 82 milhões, Fagundes acredita que a bancada federal deverá optar por não alterar a destinação do montante. “A emenda, quando fizemos, estava muito definida, para aplicação. Como já estão liberados os valores, a bancada já definiu que a prioridade 100% é para que se equipe o Pronto-socorro municipal de Cuiabá. Então, se for mexer nesse montante e transferi-lo, isso pode atrasar muito, por isso entendemos que o governo deve repassar os recursos para a prefeitura concluir a obra e, ao mesmo tempo, fazer a licitação dos equipamentos”, detalhou.
Segundo o parlamentar, a atual condição de outras unidades de saúde torna fundamental que o recurso seja utilizado para comprar equipamentos para o novo pronto-socorro. “A sociedade mato-grossense tem a expectativa da conclusão do novo hospital e pronto-socorro de Cuiabá. O atual PS e o Hospital Júlio Muller precisam de melhorias. Assim como precisa fazer licitação do dinheiro que está parado há mais de dois anos na conta do convênio do governo com a universidade, para a construção do novo hospital universitário. Penso que temos que unir e não ficar especulando, cada hora um puxando para um lado”, concluiu.
Fonte: FOLHAMAX
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