Ex-secretário de Saúde de Cuiabá e mais sete pessoas tornam-se réus por suposto monopólio e esquemas na saúde

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Ex-secretário de saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, foi preso e levado à Defaz — Foto: Luiz Gonzaga Neto/TV Centro América

Ex-secretário de saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, foi preso e levado à Defaz — Foto: Luiz Gonzaga Neto/TV Centro América

 

A Justiça recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Corrêa, e outras sete pessoas supostamente envolvidas em um esquema de monopólio na área da saúde em Mato Grosso. Os oito réus foram presos durante a segunda fase da Operação Sangria. A ação passa a tramitar na 7ª Vara Criminal, sob a juíza Ana Cristina Silva Mendes.

Tornaram-se réus Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, médico e sócio da empresa Pró-Clin, Adriano Luiz Sousa, empresário e advogado, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Luciano Correa Ribeiro, médico e sócio da Pró-Clin, Fábio Alex Taques e Flávio Taques.

A investigação da Operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos, administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização.

Segundo a apuração, a organização mantém influência dentro da administração pública, no sentido de desclassificar concorrentes, para que ao final apenas empresas pertencentes a eles possam atuar livremente no mercado.

A denúncia

Consta na denúncia feita pelo MPE que os membros da suposta organização criminosa, se aproveitando do prestígio político, penetração na administração pública e dos cargos e funções públicas ocupadas na área da saúde, teriam executado ações previamente orquestradas, com vias de garantir o monopólio das contratações públicas a favor de empresas manipuladas em detrimento do ente público.

Os integrantes, no exercício de cargos públicos, teriam garantido a contratação de empresas, das quais seriam sócios de fato, violando o caráter competitivo dos processos licitatórios e, em tese, teriam promovido a prática de sobrepreço a fim de viabilizar o ganho indevido para a organização.

Consta na peça acusatória que no dia 4 de dezembro de 2018, durante a deflagração da operação, chegou ao conhecimento da polícia que o Adriano Luiz, em data não especificada, teria ordenado que o conteúdo dos computadores e notebooks utilizados na empresa Proclin fosse apagado.

O fato teria ocorrido após a mídia divulgar que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Cuiabá teria descoberto a existência de uma procuração dando poderes para Huark Douglas, então secretário municipal de Saúde, administrar a empresa Proclin.

Segundo o MP, na condução das investigações, teria sido evidenciado que Huark, Fábio Liberalli e Luciano Correia, ao constatarem que as ações do grupo criminoso estavam sob análise da CPI, ajustaram ações objetivando o embaraço das investigações em curso, bem como as que eventualmente viessem a ser instauradas.

Na tentativa de obstruir a investigação, o grupo teria iniciado a execução de destruição de qualquer registro que pudessem descortinar a estrutura organizacional e as condutas criminosas dos integrantes.

FONTE: G1MT

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