Ex-prefeito de Cuiabá por dois mandatos, o parlamentar reiterou que é notório o deslocamento de pacientes de outros municípios em busca de atendimento médico e procedimentos cirúrgicos em Cuiabá, o que gera uma sobrecarga de trabalho sem a estrutura adequada aos profissonais da Medicina.
“Em razão da precariedade da saúde nos municípios vizinhos e do interior, Cuiabá lida com uma demanda altíssima de pacientes. E ainda assim não detém a estrutura de um hospital estadual. É necessário que o governo do Estado avalie esse projeto. É uma forma que o Legislativo tem de contribuir com o Executivo apresentando essa proposta”, disse.
Servidor público de carreira do Estado na área da saúde pública, o deputado estadual Paulo Araújo (PP) saiu em defesa da proposta do deputado estadual Wilson Santos. Porém, defendeu a necessidade de extremo rigor técnico na elaboração de um projeto desta natureza.
“Um hospital estadual com a devida estrutura em Cuiaba é urgente e necessária. Defendo a inclusão de ex-secretários municipais, estaduais e servidores da saúde na formulação deste projeto até para identificarmos o detalhe de cada demanda”, ressaltou.
Vereador por Cuiabá e recém-empossado para exercer o mandato de deputado estadual pelo período de 4 meses, Toninho de Souza (PSD) destacou que a Santa Casa de Misericórdia até se submeta a uma alteração de sua natureza jurídica para obter mais estrutura e patrocínio do poder público para garantir a retomada do serviço de saúde às pessoas mais carentes.
Porém, o parlamentar cobrou da direção da Santa Casa de Misericórdia mais transparência financeira em razão do volume de dinheiro público que recebeu como suporte nos últimos anos.
“Nenhuma outra entidade filantrópica recebeu dinheiro de emendas parlamentares como a Santa Casa de Misericórdia. Defendo a transformação em um Hospital estadual. Porém, é inadmissivel que em seis anos seja criada uma dívida de R$ 118 milhões e servidores sem salários por até 7 meses”, destacou.
O deputado Toninho de Souza observou que as informações prestadas pela Santa Casa de Misericórdia a respeito dos gastos dos últimos anos é primordial para que os entes federativos possam desenvolver ações em conjunto.
“União, Estado e município não vai formular projeto e aplicar dinheiro público em um cenário obscuro como este. A direção da Santa Casa tem que ter compromisso com as autoridades e a população para ser reerguida. Nos últimos anos recebeu mais de R$ 100 milhões e hoje está mergulhada em um caos financeiro”.
Médico de formação, o deputado Dr. João defendeu que o governador Mauro Mendes (DEM) busque a experiência de outros Estados em intervenção de unidades médicas de saúde.
“Sem a ampliação de equipes de prevenção como o Programa Saúde da Família, o Pronto Socorro a ser inaugurado estará saturado em breve. Precisamos de uma unidade de saúde mais ampla e defendo que o Estado avalie as intervenções já realizadas na saúde para pôr fim a essa drama que sacrifica a população mais pobre do Estado”.
FONTE: FOLHAMAX
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