O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, afirmou que o novo Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), inaugurado parcialmente no fim do ano passado, deve funcionar por completo a partir de outubro deste ano. Pôssas foi o entrevistado no quadro Papo das Seis, do Bom Dia MT, desta segunda-feira (26).
Ele disse que a última etapa do hospital vai iniciar após a inauguração do novo Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) no próprio hospital, que será na última sexta-feira (30) deste mês. Pôssas informou que está sendo realizado o processo seletivo para atender as unidades básicas de saúde. Segundo ele, todas as unidades vão ser reformadas e, de 107 unidades, já foram inauguradas 28.
A previsão é que até o final do ano sejam inauguradas mais 30 unidades. Houve várias denúncias neste ano a respeito da falta de macas para atendimento e também de retenção dos equipamentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Segundo o secretário, as unidades de saúde têm capacidade máxima para operar e as ambulâncias do interior chegam trazendo paciente sem regulação. E a obrigação é não deixar de atender, então ocupa-se o espaço que deveria ser do Samu.
Para Pôssas, automaticamente fica sem saber onde colocar o paciente e não podendo colocá-los no corredor pois tem a política zero, mas, na sutura, na ala principal e na ala vermelha coloca-se pacientes. Ele disse que tanto Várzea Grande quanto Cuiabá estão trabalhando com a capacidade máxima para internação de pacientes. O acordo criado entre as entidades de saúde é um protocolo para direcionar quem vai para as UPAs e quem vai para o PS, assim não superlotando uma unidade deixando a outra vazia.
Pôssas disse que o problema não é a maca, mas o número de vagas nos hospitais. E não haverá mais a retenção de macas pelo Samu, pois o mesmo entendeu que leva-se para a UPA o que for de pequena gravidade.
Sobre a denúncia de que veículos da Secretaria de Saúde estavam parados no estacionamento de unidades por falta de manutenção, o secretário afirmou que a burocracia prejudica o andamento dos serviços. “Infelizmente a burocracia com a licitação é muito grande, então não dá para você fazer uma mágica da noite para o dia, de gastar do próprio recurso do dinheiro público sem uma predisposição administrativa”, argumentou.
O secretário disse que os carros e as motos estavam parados há 30 dias e que já existia uma licitação em andamento para a manutenção dos veículos. Ele informou que os veículos voltaram a rodar na sexta-feira (23).
De acordo com o vereador Diego Guimarães (PP), o Pronto Socorro de Cuiabá tem 15 leitos e apenas 10 estão aptos a receber pacientes. Os cinco que restavam não foram abertos desde a reinauguração do hospital há quase um ano.
O secretário disse que os leitos parados são por falta de manutenção. A unidade de saúde está sendo desativada e vai passar por uma grande reforma para se transformar em Hospital da Família. O atual Hospital Municipal de Cuiabá deve receber toda a demanda de urgência e emergência que seria tratado no pronto-socorro.
Além das UTIs que já tinham no pronto-socorro, o novo hospital vai ter mais 40 novas unidades de terapia intensiva que ainda serão liberadas na última etapa do Hospital Municipal de Cuiabá.
Sobre quando irá funcionar totalmente o HMC, Pôssas disse que o hospital deve entrar em funcionamento completamente após a finalização da última etapa que será após a inauguração do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), no dia 30 deste mês. O CTQ que é considerado referencial no centro-oeste e no momento é instalado no PSC será transferido para o novo hospital.
Para o secretário, o HMC poderá começar a funcionar totalmente a partir de outubro. A unidade atenderá 14 especialidades de saúde e deverá ser atendido uma média de 1 mil pessoas por dia. Serão disponibilizados aos pacientes todos os exames de especialidades.
FALTA DE REMÉDIOS
O secretário disse que a falta de medicamentos se deve ao desvio de material e a má vontade dos funcionários que não iam buscar os medicamentos na farmácia central. Sobre a insulina, ele disse que o governo está terminando um processo de adesão para suprir seis meses a demanda do remédio.
Os medicamentos de pressão são disponibilizados pelo governo federal e ele orienta que o paciente deve ir diretamente na farmácia popular para atualizar o cadastro e retirar a medicação. Segundo o secretário, a prefeitura está proibida de contratar profissionais de saúde, tanto médicos quanto enfermeiros, essa proibição foi determinada pelo Tribunal de Contas.
Foi feito um acordo com o Poder Judiciário para a contratação de médicos e que serão distribuídos nas unidades. Até o final de outubro deve ser contratado mais médicos.
Pôssas contou que a estrutura de saúde está sendo modernizada e transformada, como as policlínicas que vão deixar de existir, mas serão transformadas em outro tipo de unidades de saúde com amplo atendimento e a UPA do verdão que deve ser inaugurada a partir de outubro. “Há um redesenhamento. Nós vamos redesenhar a rede básica de saúde. Então 100% das unidades serão reformadas e os serviços serão ampliados”, declarou.
FONTE; FOLHAMAX
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