Cuiabá vai realizar sua 1ª primeira conferência sobre Saúde das Mulheres

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Com o tema “Saúde das Mulheres – Desafios para a Integralidade com Equidade”, Cuiabá vai realizar nesta terça-feira (02), das 07:00 às 18:00 horas,  no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), sua 1ª Conferência Municipal de Saúde das Mulheres.

A convocação da Conferência foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, em Reunião Extraordinária realizada no dia 19 de abril e o objetivo é recuperar um processo de mobilização social que tem como principal questão a implementação da política municipal, estadual e nacional de atenção integral à saúde das mulheres.

Em Cuiabá, a gestão municipal da Saúde assumiu a coordenação  da estruturação da Conferência que está dividida em quatro eixos, o Papel do Estado no Desenvolvimento Socioeconômico, O mundo do trabalho e, Vulnerabilidades e Equidade e suas consequências na vida e na saúde das mulheres e no último eixo, as Políticas Públicas para as mulheres e a participação social.

A assistente social e coordenadora geral, Glória Maria Grandez  explicou que a Conferência de Cuiabá terá 120 delegados. Desse total  50% deles representantam o  segmento de usuarios, 25% do segmento dos trabalhadores da saúde e os outros 25% divididos entre os segmentos do governo e prestadores de serviços. Durante a Conferência, serão eleitos de forma paritária os 24 delegados  de Cuiabá que participarão da conferência estadual prevista para ser realizada em maio.

“Este é um momento fundamental para que possamos  avaliar e propor políticas públicas  que possam trazer melhorias para Saúde, além disso, as conferências são espaços onde podemos ser escutadas. Fundamental também é a vontade política e compromisso da gestão na realização do evento, o  primeiro de Cuiabá”, destacou Glória Maria.

A secretária de Saúde de Cuiabá e presidente do Conselho Municipal de Saúde, Elizeth Lúcia de Araújo disse que durante a Conferência serão analisadas questões relacionadas às demandas das mulheres e, a partir daí,  elaboradas propostas que serão  encaminhadas à Comissão Organizadora Estadual em um relatório final.

Elizeth Araújo falou também sobre a importância de Cuiabá estar realizando pela primeira vez uma  Conferência Municipal de Saúde das Mulheres, num momento em a gestão pensa e trabalha na implementação de uma  nova forma de organização e prestação dos serviços de saúde, mais humana e inclusiva.

“A mulher moderna, em razão de suas atividades, vive uma  pressão que acaba trazendo um adoecimento muitas vezes invisível, que impacta  seu físico e mental. Então estaremos discutindo a  necessidade de uma rede de saúde que entenda essa mulher e todas as suas dificuldades, buscando alternativas de apoio e atendimento que  melhore e promova a qualidade de vida e de saúde das mulheres de Cuiabá”.

Entenda

Desde a realização da 1ª Conferência de Saúde e Direitos das Mulheres, em outubro de 1986, evento a partir  do qual foram  estabelecidas diretrizes para as políticas de saúde das mulheres, uma lacuna de diálogo social se estabeleceu sobre o tema. Somente em  2004, o tema voltou a discussão, na  1ª Conferência de Políticas Públicas para as Mulheres.

31 anos depois, as organizações da sociedade civil que compõem o Conselho Nacional de Saúde (CNS) propuseram a realização da 2ª Conferência de Saúde das Mulheres, aprovada em março pelo pleno do Conselho  e homologada, em novembro do ano passado, pelo Ministério da Saúde.

A 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres prevista  acontecer no segundo semestre de 2017 terá como objetivo maior propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres.

O eixo principal da Conferência será a Implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, contemplando as políticas de equidade:  da população Negra (racismo, desigualdades étnico-raciais e racismo institucional), da População LGBT (discriminação por orientação sexual e identidade de gênero/preconceito e estigma social), da População em situação de Rua (reconhecimento dessas pessoas como cidadãos de direitos), da População do Campo, da Floresta e das Águas (redução de riscos decorrentes dos processos de trabalho e das tecnologias agrícolas).

 

Fonte: O INDEPENDENTE

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