O hospital filantrópico de Poconé (Sociedade Beneficente Poconeana), a 104 km de Cuiabá, está com o atendimento comprometido desde junho deste ano. Apenas 30% dos funcionários estão trabalhando.
A situação está tão crítica que somente um médico está fazendo o atendimento aos quatro pacientes que estão internados nesta sexta-feira (02). Os outros profissionais da área já desistiram de trabalha no local por falta de pagamento de salários.
De acordo com a dirigente do sindicato de enfermagem de Poconé, Tania Rondon da Silva, os funcionários estão a três meses sem receber devido a ausência de repasses dos governos federal e estadual. “Muitos estão sem ter como comprar o que comer, não tem dinheiro para pagar as contas de casa”, desabafou.
Tania relata que o valor destinado todos os meses era de 191 mil reais e desde outubro do ano passado passou a ser reduzido. O que provocou vários problemas como falta de medicamentos, condições de trabalho e até alimentação para os doentes. Mas, pra ela, o hospital precisaria cerca de 390 mil reais para custear todos os gastos.
Dessa forma, dirigente explica que o repasse insuficiente fez com que o hospital não conseguisse honrar com as gastos e o nome acabou sendo incluído no SCPC/Serasa.
O Estado cobra a meta de realizar partos (cesárea ou normal) e mais cirurgias eletivas no hospital, só que sem as condições necessárias não é possível cumprir. Por causa do não cumprimento dessa meta, o governo estadual desde janeiro reduziu o valor transferido por mês.
Os pacientes que buscam atendimento no local estão sendo encaminhados para os Prontos Socorros de Cuiabá e Várzea Grande.
Outro lado
Até a publicação desta matéria não houve retorno da Secretaria Estadual de Saúde (SES) às nossas ligações.
Fonte: FolhaMax 02/12/2016
Deixe um comentário