Sob risco de perder gratificação, enfermeiros pressionam Emanuel

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Os técnicos e enfermeiros de Cuiabá encurralaram o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) acerca da possibilidade de terem o Prêmio Saúde cortado, sob justificativa de reduzir gastos da folha salarial. Reclamam que apenas essa classe entraria na contenção de gastos do Palácio Alencastro.

O auxílio, segundo uma enfermeira que participou da reunião, representa 50% do vencimento da categoria, que é de R$ 2,5 mil para 140 técnicos e R$ 4 mil para os 70 enfermeiros.

A possibilidade do corte veio à tona após o prefeito pedir a todas as pastas realizarem medidas que visam enxugar as despesas da máquina pública. Diante disso, a secretária de Saúde, Elizeth Araújo, sugeriu o corte do Prêmio Saúde, dentre outras medidas apresentadas pela gestora.

Assista, abaixo, Emanuel pedindo calma aos enfermeiros.

Para tentar acalmar os ânimos dos servidores, em reunião entre prefeito e a categoria, Emanuel garante que é o chefe do Executivo e que dará a palavra final. Essa possibilidade foi apenas uma das alternativas apresentadas. “Quem manda é o prefeito e quem decidirá no final é o prefeito”, sustenta.

O peemedebista também pede paciência aos enfermeiros, uma vez que tem apenas 90 dias de gestão. Sustenta ainda que a secretária não teve a intenção de criar animosidade entre as categorias. “Ela é uma pessoa séria, gente boa, sensível e tem minha confiança”, sustenta o prefeito.

Abaixo, servidora diz que não dorme por causa da situação.

 

Segundo o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Dejamir Soares, o Prêmio Saúde dos técnicos hoje são de R$ 2 mil e R$ 4 mil para os enfermeiros, recebendo menos que técnico de auxiliar bocal e técnico Agente Comunitário de Saúde (ACS). “Eles querem manter o incentivo, mas como meritocracia. Apoiamos, no entanto, desde que tenhamos condições de trabalho, porque sempre falta aparelho de pressão, álcool e luvas”, sustenta o sindicalista.

Durante a reunião com o prefeito, uma das enfermeiras afirmou que, diante da possibilidade de ter o incentivo cortado, não conseguiu dormir à noite. “Estou há duas noites sem dormir. Eu ganho R$ 3,4 mil e R$ 4 mil de incentivos, se perder vou ganhar quanto?”, disse uma das enfermeiras no vídeo.

Sindicato ressalta que apoia incentivo como “meritocracia”, desde que não faltem insumos básicos para a categoria

Outro lado

O prefeito Emanuel disse que o projeto de ajuste do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) de técnicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem foi encaminhado na gestão do ex-prefeito Mauro Mendes (PSB).

 “Precisamos ajustar para valorizar enfermeiros, para aqueles que precisam do seu enquadramento, aqueles que precisam aposentar, são 40 profissionais. Tudo será discutido com seguimentos, categorias, comunicado à população. Não se faz omelete sem quebrar ovos, nada na calada da noite, devidamente explicado”, sustenta.

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