Repasses para a saúde atrasam e dívida de MT com municípios passa de R$ 68 milhões

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A Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) aponta que a dívida do governo do estado com os municípios na área de saúde é superior a R$ 68 milhões. A falta de repasses desde 2016 tem prejudicado o atendimento dos pacientes nos hospitais.

A secretária-adjunta de Administração Sistêmica da Secretaria Estadual de Saúde, Florinda Lafaete, explicou que para realizar o repasse do dinheiro é preciso melhorar a arrecadação. “Temos que fazer a arrecadação desse dinheiro e isso está dificultando o repasse”, afirmou.

O médico do hospital do município de Santo Antônio de Leveger, a 35 km da capital, Luiz Otávio Carvalho, explica que a falta de medicamentos atrapalha no tratamento adequado dos pacientes, que, por várias vezes, chegam com casos graves de saúde. “Tem essa dificuldade de medicações para dor. Nós atendemos com serviços de urgência e emergência e essas medicações são essenciais”, afirmou.

De acordo com a Secretaria de Saúde do município, o hospital tem estoque de insumos apenas para mais 15 dias e que o motivo da falta da baixa quantidade de remédios se deve à falta de repasses do governo, que não é feito desde 2016, e que a dívida está atingindo R$ 248.958, 72 mil.

O secretário de Saúde de Santo Antônio de Leverger, Hamilton José da Silva, afirma que para não parar com as atividades do hospital, a prefeitura está mantendo os gastos. “Hoje nesse hospital deve ser investido em torno de R$ 100 mil por mês, para pagamento de funcionários e compra de medicamentos”, contou.

O prefeito do município de Canarana, a 838 km de Cuiabá, Fábio Faria, explica que esta a sete meses sem receber o repasse do governo e que existem aproximadamente R$ 3 milhões para serem recebidos. “Temos para receber em torno de R$ 3 milhões e estamos cortando gastos com funcionários”, disse.

O levantamento que foi realizado pela AMM mostrou que o governo do estado deve mais de R$ 68 milhões para os 141 municípios do estado, como afirma o presidente da entidade, Neurilan Fraga. “Grande parte disso se refere ao ano passado. O governo ainda está devendo dois meses do ano passado”, disse.

Em 2016, segundo a AMM, o governo não realizou o repasse de mais de R$ 33 milhões para a atenção básica, farmácia, setores de média e alta complexidade. Neste ano, a dívida aumentou para mais de R$ 35 milhões referentes aos meses de junho e julho. “A justificativa da falta de dinheiro continua sendo a crise”, disse Neurilan.

 

Fonte: FOLHAMAX

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