Prefeitos cobram a normalização de atendimentos em Hospital Regional de Sinop

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A unidade hospitalar está há mais de dois meses atendendo apenas emergência devido à falta de repasse de recursos do governo estadual

 

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM, Neurilan Fraga, participou junto com os prefeitos e lideranças da região norte do manifesto realizado para cobrar a normalização do atendimento no Hospital Regional de Sinop. Mais de 100 manifestantes entre servidores e representantes de entidades compareceram em frente ao hospital regional de Sinop, cobrando do governo estadual os repasses financeiros para que a unidade normalize os atendimentos nos setores de urgência e emergência, que foram reduzidos.

A unidade hospitalar está há mais de dois meses atendendo apenas emergência devido à falta de repasse de recursos do governo estadual. Com a suspensão de parte dos atendimentos do Regional de Sinop, os pacientes com necessidade de atendimento emergencial estão sendo encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento-UPA, que está sobrecarregada.

A Fundação de Saúde Comunitária contabilizou R$ 4,4 milhões do mês de setembro e mais R$ 4,4 milhões de outubro para receber. A cobrança também é relacionada aos demais hospitais da região. O movimento já vinha sendo discutido entre os prefeitos, vereadores e o Consórcio de Saúde Vale do Teles Pires, que é presidido pelo prefeito de Sorriso, Ari Lafin. O consórcio que reúne os municípios da região elaborou um documento que já foi encaminhado à Assembleia Legislativa, bancada federal e ao governador Pedro Taques, relatando a situação dos Hospitais Regionais de Sinop, Sorriso e Colíder.

A prefeita de Sinop, Rosana Martinelli, destacou que a união de esforços é para cobrar os repasses do estado para os hospitais regionais. Ela frisou que a saúde está pedindo socorro. “Nós precisamos cobrar firme o nosso governador. O hospital regional está há 60 dias sem atendimento normalizado. Estamos nesse manifesto reivindicando o pagamento de forma imediata. Não somente para Sinop, mas para todos os hospitais regionais do estado. Queremos que seja solucionado o mais rápido possível”, argumentou.

O presidente da AMM, Neurilan Fraga, disse que os municípios não aguentam mais esta situação. A dívida do governo estadual com as prefeituras já ultrapassou a casa dos R$ 100 milhões para a saúde. Segundo ele, as obras são importantes, mas a saúde deve ser priorizada. As obras de infraestrutura podem esperar, mas a saúde não, pois as pessoas correm risco de morte. Fraga alertou que é preciso fazer uma melhor gestão dos recursos da saúde e diminuir o custo da caravana do governo pelo interior. “Os prefeitos podem pedir o afastamento do governador junto à Assembleia Legislativa. Este não é o nosso objetivo, no entanto, estamos esgotando todas as possibilidades de diálogo para que o governo repasse os recursos que estão em aberto com os municípios”, disse ele.

No mês de outubro, os representantes de várias entidades bloquearam a rodovia, na saída para Sorriso, para forçar o governo estadual a resolver o problema financeiro dos Hospitais Regionais. O bloqueio com pneus durou cerca de uma hora.

Participaram os prefeitos dos municípios de Sinop (Rosana Martinelli), Cláudia (Altamir Kurten), Marcelândia (Arnóbio Vieira de Andrade), Tabaporã (Sirineu Moleta), e o vice-prefeito de Sorriso, Gerson Luiz Bicego, além de secretários e vereadores dos municípios.

FONTE: MATOGROSSO NOTICIAS 09/11/20217

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