Cuiabá “devolve” pacientes do interior e anuncia R$ 10 mi para pronto-socorro Prefeito de Cuiabá afirma que situação está “insustentável” com atraso de R$ 52 mi do Estado

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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), assinou decreto nesta sexta-feira determinando que pacientes do pronto-socorr de Cuiabá oriundos cidades do interior do Estado que não correm risco de morte sejam “devolvidos” ao município de origem. A alegação é de que o atraso no repasse do Estado, aliado ao caos na saúde no interior do Estado superlotou a principal unidade de saúde.

Essa é uma das medidas anunciadas pelo gestor para minimizar a situação caótica que se encontra a unidade. Outra, é o aporte de R$ 10 milhões até o final do ano para a compra de equipamentos e insumos.

Atualmente, encontram-se internados quase 400 pacientes no pronto-socorro, dos quais cerca de 150 estão nos corredores. Paralelo a isso, estão faltando insumos e materiais básicos para garantir atendimento adequado aos pacientes.

Pinheiro destacou que 65% dos pacientes não são de Cuiabá. Por conta disso, considera os repasses do Estado fundamentais para o funcionamento da unidade.

“A situação chegou a um limite insustentável. Tivemos que tomar providências para não colocar mais vidas em risco. Cuiabá está salvando a saúde pública do Estado”, afirmou.

Segundo Emanuel, a transferência dos pacientes serão definidas dentro de 24 horas, prazo determinado para que um levantamento seja feito para identificar as situações mais graves. As prefeituras, segundo Emanuel, serão responsáveis por fazer a transferência dos pacientes.

Outra medida anunciada pelo prefeito é a suspensão das cirurgias eletivas no pronto-socorro. “Também vamos determinar que se promova o atendimento exclusivo de pacientes oriundos do Pronto-Socorro de Cuiabá no Hospital São Benedito e também nos hospitais contratualizados”.

DÍVIDA

O prefeito destacou que a crise na saúde de Cuiabá se intensificou por conta do atraso nos repasses por parte do Governo do Estado. Ele afirmou que a dívida é de R$ 52 milhões.

A situação se agravou porque, no interior, os atendimentos também foram diminuídos também por conta do atraso nos repasses. “Não aguentamos mais. Isso sobrecarrega o Pronto-Socorro. Tudo tem seu limite e o nosso hospital já chegou ao seu”, colocou.

Para amenizar a situação, anunciou o repasse emergencial de R$ 10 milhões para a unidade de saúde. Eles serão feitos em 3 etapas, sendo que a primeira, de R$ 3 milhões, já ocorreu.

A próxima, de R$ 2 milhões, está programada para o dia 30 de novembro. A última, de R$ 5 milhões, ocorrerá até 31 de dezembro.

FONTE: FOLHAMAX

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