Sindicatos afirmam que medidas na Saúde não resolverão problemas sem repasses

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Dejamir Souza, do SINPENMT- Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso, diz que medidas são importantes, mas não resolvem.

Os sindicatos dos médicos e enfermeiros do Estado afirmam que as medidas tomadas com relação à superlotação do Pronto-Socorro de Cuiabá são somente para estancar o “machucado”, e não resolvem a situação.

Para o representante dos enfermeiros, Dejamir Souza Soares, o problema está em todo o Estado e se aloja no pronto-socorro. Ele destaca que como os regionais não estão funcionando como deveriam, por conta das OSS que estão deixando a gestão, toda a demanda reprimida “explode aqui”.

“Sempre digo que o governador não precisa fazer milagre na saúde. Se ele conseguir fazer uma coisa pontual, que é efetuar os repasses para os municípios mensalmente e criar um critério de cobrança, de questões como diabetes, hipertenção, tuberculose, hanseníase, e acompanhamento às gestantes, já conseguirá resolver 50% da demanda que cai aqui dentro”, explica.

Dejamir ainda ressalta que, como os repasses estão atrasados entorno de cinco meses, os prefeitos não têm dinheiro para comprar remédios de pressão e, com isso, o cidadão não tem acesso a medicamento. “Com isso ele pode ter um derrame. Tendo um derrame ele vai para onde? Vão chamar uma ambulância que vai levá-lo para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, na sequência, para o pronto-socorro. Então tudo o que está errado na saúde pública do Estado, cai no pronto-socorro”, afirma.

Questionado sobre as medidas que o prefeito Emanuel Pinheiro apresentou em coletiva ocorrida no última dia 10, o presidente do Sindicato pondera que foi mais política do que resolutiva. “Na verdade não vimos nada de novo. E não se pode mandar as pessoas embora, ou devolvê-las para os respectivos municípios, porque o Sistema Único de Saúde é universal. O SUS não é de Cuiabá, é do Estado, do Brasil. Vou dar um exemplo: quer dizer que com essa medida estaríamos autorizando o prefeito de Goiânia a mandar de volta os barra-garcenses atendidos lá, de volta a Mato Grosso. Isso não existe.”

Gilberto Leite

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Adeildo Martins do Sindimed, diz que problema se aloja no PS

Já para o Sindicato de Médicos de Mato Grosso (Sindimed) as medidas são importantes, vão estancar, mas não resolverão. O diretor de imprensa do sindicato Adeido Martins de Lucena Filho diz que esse problema com o pronto-socorro sempre existiu. Pontua que a situação está problemática em todo o Estado, uma vez que os regionais não estão funcionando.

“Esse problema é de mais de 20 anos, não vem somente com esse governo, mas com os outros anteriores. Os prefeitos não têm de onde tirar. As medidas do prefeito é um caminho no meio dessa situação toda.” O diretor destaca ainda que o problema existe, mas é difícil o diálogo com o atual secretário estadual de Saúde. “Não existe conversa, estamos buscando essa ponte, mas está difícil. Essa super lotação é porque não tem para onde essas pessoas irem”, diz.

Imbróglio

Há vários dias, os corredores do pronto-socorro estão superlotados, impedindo até mesmo o trânsito dos profissionais de saúde, pacientes tentando se acomodar em cadeiras de plásticos e pessoas sentadas no chão, por não ter espaços para ficar.  Segundo uma técnica de enfermagem, no total, cerca de 160 pessoas aguardam a liberação de leitos.

FONTE:RDNEWS

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