Presidente de sindicato afirma que “paciência com atual gestão chegou ao fim” Categoria requer pagamento de horas extras já trabalhadas, com 10 meses de atraso, cumprimento da legislação e realização de concurso público

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A prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (DEM), vai encarar a primeira greve na saúde pública nos próximos dias, caso não atenda as reclamações do setor de enfermagem, principalmente, no que diz respeito ao cumprimento da legislação municipal. De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem (Sinpen), Dejamir Souza Soares, “a paciência com a atual gestão chegou ao limite”.

“Estou cansado em ser bem recebido [na prefeitura] com tapinha nas costas e tomar água e café”, disse, se referindo ao fato de que as conversas com o atual prefeito não trazem nenhum resultado prático. “Ele precisa dizer sim ou não”, destacou.

Segundo o presidente, a prefeitura não efetua o pagamento de horas extras já trabalhadas. Ele citou como exemplo os enfermeiros que realizaram horas extras no Pronto-Socorro de Cuiabá. “Temos um déficit de 60 técnicos de enfermagem no Pronto-Socorro e quem se sujeita a realizar plantão extra está sem receber desde dezembro”, informou.

Ainda de acordo com ele, a situação é a mesma, e até pior, para os profissionais que fazem plantão nas Unidades de Pronto-Atendimento. “Desde agosto não paga [a prefeitura] os extras”, revelou durante sessão na Câmara de Vereadores, realizada na manhã desta terça-feira (5).

Outra irregularidade que estaria sendo cometida pela atual gestão é  não cumprimento de leis que determinam a isonomia no pagamento de salário entre os enfermeiros contratados e os enfermeiros concursados, mesmo com acordo formalizado na Justiça.

Greve

O sindicalista afirmou que não quer que o movimento grevista aconteça, principalmente, porque a categoria sabe dos efeitos de uma greve na saúde pública. Contudo, ele ressaltou que os profissionais estão trabalhando em seu limite. “Greve na enfermagem sangra, ela mata. A enfermagem é insubstituível na saúde pública”, disse, afirmando que vem tentando falar com o prefeito, mas sem resultado.

“Não consigo falar com o prefeito. E estou falando é de trabalhadores que estão exaustos. Eu sei das consequências de uma greve. Só que se não faço a greve quem estará morrendo é o meu povo [se referindo aos enfermeiros]”, destacou.

Outro Lado

O líder do prefeito na Câmara, verador Lilo Pinheiro (PRP), afirmou que irá se reunir com o prefeito nesta terça-feira para tratar sobre o assunto.

FONTE: PNB ONLINE

LAICE SOUZA

DA REDAÇÃO

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