Com o intuito de promover debates e políticas públicas que contribuam com a qualidade de vida e saúde da mulher, a Assembleia Legislativa fará a instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde da Mulher nesta terça-feira (15), às 9h, na sala Sarita Baracat, n° 202.
O projeto é iniciativa do deputado estadual Dr. Gimenez (PV) e integra as ações da instituição durante a campanha Outubro Rosa. “Queremos estimular informações e práticas que promovam a saúde feminina, além disso, queremos garantir que o atendimento no SUS seja humanizado, gratuito e ágil”.
A frente parlamentar atuará por um período de dois anos, para receber demandas de todos os segmentos, desde a área da infância e juventude, passando por gestantes, mães, até as idosas. A proposta é realizar encontros mensais para oferecer apoio voluntário de grupos já existentes no estado.
“Nossa intenção não é criar novas políticas públicas e sim fazer valer o que já existe, de modo que a mulher seja atendida pela saúde de maneira ágil e adequada, porque além de ser um direito dela, é um dever do estado”, frisa o parlamentar, que é médico há 40 anos e membro da Comissão de Saúde da ALMT.
A cerimônia contará com palestra da diretora-presidente da MTmamma, Cleuza Dias, que avalia o espaço da frente parlamentar como um ambiente propício para trazer questões que permeiam a saúde da mulher, na área em que atua, por exemplo, ela denuncia a falta de prioridade na realização de exames, mesmo se tratando de investigação para câncer de mama.
“Há um gargalo na prevenção que esbarra na falta de comprometimento da Central de Regulação, que não faz agendamento de exames fundamentais em mulheres que não tenham mais de 40 anos. Mas hoje o câncer de mama tem afetado cada vez mais mulheres jovens, inclusive tivemos três mortes recentes com mulheres de 39, 41 e 45 anos”.
Cleuza explica que, nas mais jovens, por terem o metabolismo acelerado, a reprodução de células cancerígenas se dá rapidamente, o que pode levar à morte em pouco tempo, por isso é importante haver prioridade no atendimento quando há qualquer tipo de suspeita. Mas ela relata que não é isso que acontece hoje na saúde pública.
“Também temos tido problemas sérios com o corte de benefícios do INSS para mais de 90% das mulheres em tratamento, o que agrava ainda mais os casos, porque elas não podem trabalhar, estão com a saúde frágil, debilitada, e agora estão ficando sem dinheiro. Temos que cobrar dos governos que tratem a mulher com respeito”.
Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama ainda é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo inteiro e o mais comum entre as mulheres. As taxas de mortalidade no Brasil são elevadas, principalmente porque a doença é diagnosticada em estágios avançados, quando já não pode ser tratada como deveria. Só em 2019, devem ser diagnosticados 59,7 mil novos no Brasil.
FONTE: FOLHAMAX
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