Pagamento do salário e vale alimentação não contem revolta dos funcionários do H.S.L com a Pró-Saúde

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 O pagamento do salário do mês de junho e a libração do vale alimentação referente aos meses de maio e junho não foram suficientes para conter a revolta dos funcionários do Hospital São Luiz, com a empresa Pró-Saúde, gerenciadora da unidade, em Cáceres.  Em protesto na manhã de hoje eles denunciaram a empresa e disseram que a situação não está normalizada.

Em Nota encaminhada à imprensa, o Hospital São Luiz informa que se mantém aberto ao diálogo com os colaboradores para a definição de ações que visam a normalização das obrigações trabalhistas. E, que o objetivo é superar os momentos de crise dificultados pelo efeito da pandemia. (Veja íntegra da nota no final da reportagem).

“Não é porque eles pagaram o mês de junho e liberaram o vale alimentação que vamos acomodar. Vamos lutar pelos nossos direitos. Se não pagarem o salário até o quinto dia útil de cada mês, vamos protestar e, se possível, paralisar as atividades” afirmou Luciana Botelho, funcionária da instituição há 13 anos.

A afirmação foi feita, durante manifestação de protesto de parte dos funcionários, na manhã desta quinta-feira (29/07), em frente à sede do hospital, no centro da cidade. Luciana disse que, embora a empresa tenha pago o salário do mês de junho faltam vários outros direitos trabalhistas.

“Chega. Não vamos mais ser levados no papo. Eles pagaram o mês de junho, mas falta ainda 50% do 13º salário do ano passado; não pagaram férias de vários funcionários; nos tiraram o plano de saúde e não pagaram direitos trabalhistas de muitos que pediram demissão ou foram demitidos”.
            Uma funcionária que não quis se identificar, segundo ela, para não sofrer perseguição, disse que foi demitida há um ano e meio e até hoje não recebeu os direitos trabalhistas.

“Estou passando necessidade. Na semana passada a água de minha casa foi cortada. Meu filho teve covid e eu não tive dinheiro sequer para pagar o exame. Fui demitida a um ano e meio e até hoje não recebi meus direitos trabalhistas. O caso está na justiça, sem previsão de resolver”.

Um funcionário de inicias J.B.O disse que “não nos pagam em dia porque não querem. Sempre soubemos que o dinheiro existe. A prova é que, depois que decidimos paralisar as atividades o dinheiro apareceu. Isso deixa o ambiente de trabalho péssimo porque sabemos que não nos respeitam”.

            O indicativo de greve foi decidido na terça-feira (27/07) pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem do Estado de Mato Grosso (Sinpen/MT).

Para justificar a decisão o Sinpen elencou sete “transgressão” da empresa contra a categoria.
Sendo elas: 1- falta de pagamento de salários atrasados (ainda não foi pago o mês de junho); 2 – falta de depósito do FGTS; 3- falta de pagamento do vale alimentação; 4- falta de pagamento de férias; 5- falta de pagamento do piso convencional; 6- falta de alimentação decente; 7- falta de condições dignas de trabalho.

NOTA À IMPRENSA

O Hospital São Luiz informa que se mantém aberto ao diálogo com os colaboradores para a definição de ações que visam a normalização das obrigações trabalhistas, em sequência ao esforço anunciado ontem, dia 28/7, que resultou no pagamento do salário e do vale refeição.

O objetivo é superar os momentos de crise dificultados pelo efeitos da pandemia.

O Hospital São Luiz reafirma seu compromisso com a estabilidade laboral dos profissionais que atuam na unidade e, consequentemente, com o propósito de oferecer à comunidade cacerense e da região atendimento de saúde de qualidade e humanizado.

FONTE: JORNAL OESTE

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