Salário mínimo de enfermeiros, técnicos e auxiliares foi fixado por lei, mas ministro do STF suspendeu
Profissionais de enfermagem de Cuiabá e Várzea Grande se concentraram na Ponte Júlio Müller, em frente à Praça Luís de Albuquerque, na manhã desta sexta-feira (9), para se manifestarem contra a suspensão da aplicação do piso da categoria, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último domingo (4).
O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen) e tem o apoio do Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren/MT). A iniciativa faz parte da mobilização nacional da categoria que terá atos em todo o país nesta sexta.
Determinada pelo ministro do STF, Roberto Barroso, a suspensão do piso da enfermagem será de 60 dias. A alteração já deveria ser paga na rede privada no mês de setembro (relativo ao mês trabalhado de agosto).
Segundo a categoria, essa é uma ofensa aos profissionais que lutam por um piso. “É um atraso de 30 anos, 30 anos de luta e não é justo com a profissão, com os trabalhadores, porque o piso salarial é um direito e a enfermagem merece e tem esse direito para que isso venha ser realidade”, afirma a presidente do Coren/MT, Ligia Arfeli.
Em Mato Grosso, segundo o Coren/MT, a média salarial dos enfermeiros é de R$ 1.500 a R$ 2.000, para os técnicos de enfermagem, uma média de um salário mínimo e que muitos profissionais precisam se desdobrar para conseguir uma renda melhor.
“São salários que exigem de nós desdobramentos sub-humano para levar para casa o mínimo necessário para condição de vida e esse piso salárial vem amenizar essa situação, e trazer dignidade humana para esses trabalhadores e essas famílias”, finalizou Lígia.
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